O médico que exerce Clinica Geral tem a possibilidade de processar sua percepção do paciente como uma totalidade de maneira prática. Não existe um paciente que esteja doente apenas de um órgão, seja nas doenças agudas, seja nas crônicas: por exemplo, uma doença alérgica da pele pode estar vinculada a um subtil transtorno digestivo, uma doença pulmonar pode sobrecarregar intensamente a atividade do coração, uma patologia hepática crônica pode afetar a função cerebral e a personalidade do paciente; outras doenças orgânicas podem se manifestar claramente vinculadas a uma alteração no desenvolvimento da personalidade do paciente, como acontece com frequência nas doenças autoimunes.
Assim, desde o início, o clínico geral precisa ter o conhecimento e a percepção global dessas relações que na medicina antroposófica são as decisivas para fundamentar o diagnóstico e o tratamento. Por essa razão, muitos médicos que se baseiam nesta medicina agem centralmente como clínicos gerais. Obviamente, em alguns casos será necessário o apoio de um especialista que, atualmente, já estão à disposição dentro do próprio campo da medicina antroposófica.