Psicomotricidade neurofuncional é a realização de um pensamento através de um ato motor, coeso, harmonioso e econômico. É uma terapia adjuvante que apoia-se na tríade: saber fazer (biológico), poder fazer (cognitivo) e querer fazer (psicoafetivo).
Trabalho multi e interdisciplinar com: neurologistas, psiquiatras, pediatras, hebiatras, geriatras, fisiatras, obstetras, professores, psicólogos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas entre outros.
A psicomotricidade é uma ciência que por décadas é associada a infância, contudo seus benefícios vão além do desenvolvimento integral da criança.
Tanto na adolescência quanto na fase adulta do ser humano além do desenvolvimento de habilidades psicomotoras, a psicomotricidade neurofuncional auxilia no manejo de estresse, na autoimagem positiva, na autonomia, nas interações sociais e qualidade de vida.
Encontrar o movimento como um caminho de autoeducação e autodesenvolvimento é (re) descobrir o corpo como manifestação do seu ser.
Psicomotricidade é o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências, recíprocas e sistêmicas, entre o psiquismo e a motricidade. Seres humanos podem ser semelhantes, porém não são iguais, por mais características similares que possuam. São seres únicos, com uma biografia única e maneira de ser e de fazer diferentes entre si. Observa-se que, mesmo o processo fisiológico sendo o mesmo para todos os indivíduos, bem como o estímulo também pode ser o mesmo, a resposta é sempre diferente para cada ser humano, pois o caminho, desde a recepção do estímulo até a execução da resposta, será necessariamente marcado pela história de vida deste indivíduo.
O estímulo, a emoção e sua história de vida fará com que sua expressão seja única no mundo.
Quando observamos um indivíduo a uma certa distância podemos reconhecê-lo pelo seu jeito de andar, bem como pelos seus gestos, porque este indivíduo tem impresso em si todas as marcas desta complexa interface entre motricidade e psiquismo, ambiente e emoções dentro do seu processo de desenvolvimento e autoconhecimento. Claramente se observa a diferença entre motor e psicomotor, entre mecânica do movimento e o jeito único que esse ser se expressa no mundo, com sua consciência corporal ou falta dela, a significação de seus gestos, a comunicação com o outro e sua adequação no tempo e espaço.
O olhar terapêutico, sob a perspectiva antroposófica, observa o indivíduo em uma estrutura quádrupla. Observa a corporalidade, como conhecemos na neuroanatomia e fisiologia; a vitalidade e todos os processos orgânicos que a envolvem; os aspectos anímicos, que se revelam nos hábitos, sensações e emoções; e a individualidade, o espiritual, que se refere com a maneira que processamos a nossa existência. A interação entre esses quatro âmbitos determina a saúde do sistema imunológico de um indivíduo. O ser humano é uma unidade capaz de trilhar por si seu caminho para a salutogênese. E terapias adjuvantes, com a psicomotricidade neurofuncional, fazem o papel de facilitadoras neste processo.
A abordagem na psicomotricidade neurofuncional é feita em sessões individuais, progressivas, na qual o ser humano é visto como um fluir de corporalidade, pensamentos, emoções, espaço interno, externo, ritmo, consciência e autodesenvolvimento. É uma fonte de apoio para educação, reeducação e/ou reabilitação terapêutica, objetivando a totalidade do ser, alinhando o que está segmentado e auxiliando o próprio indivíduo a avançar com maior habilidade e autonomia em direção a um todo mais saudável.
A psicomotricidade neurofuncional ampliada pela Antroposofia é indicada para qualquer idade. Na profilaxia, auxiliando na prevenção de disfunções, bem como na reabilitação e recuperação da saúde do indivíduo, promovendo a neuroplasticidade em padrões epigenéticos. Melhora significativa em alinhamentos posturais, tonicidade, retardo ou redução de dores associadas com patologias crônicas e degenerativas. É terapia coadjuvante no manejo do estresse como também no tratamento de ansiedade, transtorno do pânico e depressão, melhorando a qualidade de vida e bem-estar, possibilitando a autonomia nas atividades do dia a dia e na inserção em seu meio social. Auxilia a habituar-se a um ritmo de vida com mais equilíbrio consigo mesmo e com o mundo, a ter percepções mais positivas sobre a vida e, após algumas sessões, os efeitos fisiológicos proporcionados estimulam um melhor funcionamento do organismo, gerando benefícios nas funções musculoesquelética e articulares (tonicidade, equilíbrio, consciência corporal, força, flexibilidade, resistência), nas habilidades motoras, cognitivas e socioafetivas, na autoconfiança, na autoestima, fortalecendo a circulação sanguínea, respiração, foco, concentração e o sistema imunológico.
Gerontopsicomotricidade é a área da psicomotricidade que atua com idosos, promovendo o envelhecimento ativo e a qualidade de vida.
Tem como objetivos reconhecer as necessidades da população idosa, intervir no declínio das capacidades motoras, cognitivas, psicoemocionais e sociais, apoiar a autonomia dos idosos nas atividades do dia-a-dia e promover o bem-estar geral.
Promove os benefícios na mobilidade, equilíbrio, postura, coordenação e amplitude de movimentos, bem como na manutenção das capacidades cognitivas, como atenção, memória, cálculo e linguagem, tem a possibilidade de estabilizar o quadro de determinadas doenças, como a doença de Alzheimer, Parkinson, AVC, síndrome pós-queda, depressão, ansiedade, entre outras.