A Psiquiatria sempre foi considerada como a “medicina da alma”. Hoje, todas as perturbações ditas “psiquiátricas”, quando explicadas, são vistas como consequências de distúrbios do cérebro.
Há algumas décadas, surgiu a Psicossomática, afirmando que muitas doenças têm origem em problemas anímicos; esse conceito é ampliado pela Antroposofia a partir do conhecimento de que muitas doenças psiquiátricas têm fundamentos orgânicos. Assim, a Psiquiatria ampliada pela Antroposofia busca, em cada individuo, a correlação entre os sintomas que apresenta e um sistema de órgãos. Para podermos diagnosticar, precisamos conhecer os sintomas típicos de cada órgão.
O objetivo é distinguir o processo da doença em si e o modo como cada indivíduo adoece. Procuramos conhecer sua biografia desde o período da gestação, a maneira como foi acolhido na Terra, sua estrutura familiar, as influências ambientais e educacionais e sua atitude frente à vida.
A partir do diagnóstico, procuramos chegar a uma terapêutica que poderá ser medicamentosa ou, ainda, encaminhamos o paciente para um acompanhamento multidisciplinar, tentando torná-lo, quando possível, consciente do que o levou a adoecer, acompanhando-o em direção ao seu futuro.