O climatério é uma fase na biografia da mulher, que corresponde ao período de transição entre a fase reprodutiva e a não-reprodutiva, geralmente entre os 45 e 55 anos de idade (com variações individuais).
O fim do período fértil é um processo lento, que pode começar vários anos antes da suspensão definitiva do ciclo menstrual. Na nossa cultura este tema também é tabu, e muitas mulheres o vivenciam em silêncio e isoladas, como se estivessem passando por uma doença da qual deveriam se envergonhar.
Contudo, a despeito dos sintomas desagradáveis que pode acarretar, é um momento muito mais complexo e poderoso do que imaginamos! Em muitas culturas inclusive, o término da fertilidade é uma etapa reverenciada, pois é o momento em que as mulheres se voltam para seu próprio centro e espiritualidade, recebendo a missão de guardiãs e transmissoras da sabedoria às mais jovens.
O período do climatério é dividido em três principais estágios: a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa. Embora as três façam parte da mesma transição geral de vida, elas podem causar sintomas diferentes e, portanto, têm opções diferentes de abordagem terapêutica.
Os estereótipos femininos e a supervalorização da juventude em detrimento da maturidade tem papéis fundamentais na percepção que temos para atravessar esta fase.
É fundamental que as mulheres se mantenham saudáveis neste período, busquem orientações em salutogênese, bons recursos e acompanhamento médico.
Mas acima de tudo é fundamental que a mulher reconheça sua trajetória e seu potencial espiritual, desdobrando sua sabedoria para seu interior e explorando novas fontes de realização, prazeres e expressão pessoal.
Costumo dizer que nesta fase não podemos mais conceber filhos do ponto de vista físico, mas a energia criadora e criativa fica disponível para concebermos “filhos” em outro âmbito, que serão nossos novos projetos de vida.