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Faze silêncio no teu corpo. E escuta-te. Há uma verdade silenciosa dentro de ti.

Faze a tua palavra perfeita. Vive em todos os tempos pela tua voz. Sê o que o ouvido nunca esquece.

Renova-te. Sê sempre o mesmo. Sempre outro. Mas sempre alto e dentro de tudo. – “Cânticos” de Cecília Meireles

Reabilitar a linguagem é restabelecer o “Humano” no Ser. É colocar o indivíduo em condição de responder a três questões: “Como eu sou?” (eu x comigo mesmo); “Onde estou?” (eu x o mundo); “Com quem estou?” (eu x o outro). Essas três situações estão relacionadas com os três processos anímicos do querer/sentir/pensar. Para a aquisição da linguagem oral e/ou escrita é preciso que os mecanismos fisiológicos estejam adequados para que os processos de comunicação ocorram harmoniosamente: ouvir, articular, dialogar e, posteriormente, escrever e ler. A partir dessa condição orgânica, as habilidades podem se desenvolver e o indivíduo torna-se, então, competente para sua manifestação no mundo e nas relações interpessoais.

A base para essas habilidades depende, também, do desenvolvimento dos doze sentidos: essas doze “portas de entrada” por onde o mundo externo penetra e enriquece a vida interior da criança.

Ao recebermos uma criança, jovem ou adulto com questões ou distúrbios que envolvem a comunicação, não basta focarmos apenas os sintomas ou queixas apresentadas. Precisamos desenvolver uma compreensão maior desse indivíduo no aspecto físico, anímico e espiritual; precisamos considerar seu momento biográfico, seu ambiente familiar, escolar (ou profissional) e, a partir daí, elaborarmos as estratégias mais adequadas para auxiliá-lo em suas dificuldades, de forma acolhedora e objetiva.

Essa abordagem terapêutica normalmente é pela via corporal, com atividades que também envolvem o ritmo e a estimulação dos doze sentidos. Assim, podemos cuidar dos problemas relacionados à voz, à fala e às suas funções básicas de respiração, sucção, mastigação e deglutição, ao processamento auditivo, à motricidade oral, à fluência, à leitura e à escrita.

Saiba mais
A Fonoaudiologia tem como objetivo prevenir, diagnosticar e cuidar das questões que envolvem a comunicação na sua forma receptiva (audição, compreensão e integração das informações e leitura), expressiva (fala articulada, discurso, fluência da fala, voz e escrita) bem como de todo o sistema oral (miofuncional) que atua sobre as funções respiratórias, de mastigação e deglutição.A Fonoaudiologia tem como objetivo prevenir, diagnosticar e cuidar das questões que envolvem a comunicação na sua forma receptiva (audição, compreensão e integração das informações e leitura), expressiva (fala articulada, discurso, fluência da fala, voz e escrita) bem como de todo o sistema oral (miofuncional) que atua sobre as funções respiratórias, de mastigação e deglutição.

A quem se destina? Como suas ações podem auxiliar?

Na comunicação, o fonoaudiólogo empreende esforços para que através de sua mediação cada pessoa veja emergir uma compreensão clara das experiências que vive e uma expressão coerente com sua verdade de ser. Somente nesse equilíbrio entre a compreensão e a expressão é que o ser cresce confiante na certeza de encontrar seu papel no mundo.Por sua ampla área de atuação e visão, o fonoaudiólogo traz em seu olhar o desejo de que todos, desde a infância a idade adulta, inclusive os idosos, desenvolvam plenamente seu potencial comunicativo e alcancem melhor qualidade de vida. Pode, por isso, ajudar desde a orientação às gestantes no período perinatal, seja na preparação para o cuidado na vivência com o bebê, até o acompanhamento do desenvolvimento de crianças e atendimento terapêutico a todas as faixas etárias, inclusive os idosos.

Autora: Susan Lordi

A Fonoaudiologia em uma visão ampliada pela Antroposofia

A fonoaudiologia ampliada pela Antroposofia torna ainda mais abrangente sua atuação, pois permite observar não apenas os chamados distúrbios da comunicação humana, mas volta o olhar para o sujeito e sua singularidade.   Na linguagem, o entendimento de que a comunicação se desenvolve a partir da integração das vivências sensoriais e da motricidade (experiências pelo fazer, pelo movimento) faz com que terapia fonoaudiológica se desenvolva através de métodos que propiciem a vivência simultânea do movimento e dos sentidos, o que auxilia na construção das bases e disparadores do desenvolvimento da linguagem receptiva. Esta, por sua vez, se converte na rica experiência de mundo que precisa ser expressa e compartilhada, convertendo-se em expressão linguística do sentir. Além disso, esses processos são fundamentais para o desenvolvimento do processo cognitivo, do qual a linguagem é parte organizadora, afinal a palavra organiza e expressa o pensar.

Em síntese, a atuação estruturada na visão integrativa dos doze sentidos tem como expectativa promover um caminho eficiente para:

  • desenvolver habilidades e ritmos corporais, com movimentos coordenados,
  • manifestar intenção no gesto dentro do contexto comunicativo,
  • alcançar prontidão à aprendizagem,• atingir uma escuta atenta e a fala eficiente
  • desenvolver uma voz adequada
  • apropriar-se da leitura e da escrita, bem como outros aspectos envolvidos na comunicação individual ou em público.

Maria das Graças de Paiva Siracusa e Adriana de Souza Batista Kida 


PROFISSIONAIS QUE ATUAM NESTA ÁREA

Para atender às demandas da comunicação, saúde e bem estar dos pacientes que buscam cuidados na Clínica Antroposófica foi criado o Setor de Fonoaudiologia Antroposófica.

Mantemos o objetivo de compor uma equipe comprometida com a atuação interdisciplinar e transdisciplinar a partir do olhar Antroposófico, com avaliação e atendimento clínico dos Distúrbios da Comunicação Humana complementando as seguintes áreas:

Voz / Fala / Linguagem / Processamento Auditivo
Fluência / Motricidade Oral / Escrita / Leitura