No hemisfério norte em meados de junho, variando o dia acontece o solstício de verão, onde o dia é maior do que a noite. Na antiguidade, na época das colheitas comemorava-se o deus Adonis ligado ao ciclo da natureza: ele passava a metade do ano na esfera solar da terra em companhia da deusa Afrodite e a outra metade na esfera infra-terrestre em companhia da deusa Perséfone. Com o advento do cristianismo no dia 24 de junho passa a ser comemorado o dia do nascimento de São João o batista. João é o ultimo profeta do antigo testamento. O Anjo faz a anunciação ao sacerdote Zacarias, dentro do templo. Zacarias responde: eu sou velho, e minha mulher Isabel também é avançada em dias, como podemos ter um filho? Em virtude de não ter acreditado, Zacarias fica mudo até o nascimento de seu filho. quando nasce João, Isabel acende a fogueira para que Maria ficasse sabendo ter chegada a hora. João vai viver no deserto, se vestir com pele de animais, se alimentar de mel, frutas e insetos. Sua tarefa era ser o precursor, preparar o caminho do senhor, batizar o Cristo e reconhecer que a sua missão ali terminava. Tinha que diminuir para que o Jesus Cristo crescesse.
A festa joanina vem para o Brasil com os portugueses e os Jesuítas. A maioria dos reis de Portugal se chamava João. No calendário cristão, cinquenta dias depois da Páscoa se comemora o Pentecostes. Quando o Espirito Santo em forma de línguas de fogo paira sobre os apóstolos e Maria. A partir desse momento eles perdem o medo e saem pelo mundo levando a mensagem do Cristo. A comemoração ao redor da fogueira, as danças, a música, os cantos e a refeição comunitária são formas de buscar o calor e o aquecer humano. O fogo deve subir do nosso coração em direção ao céu, da terra para o cosmos, do coração humano ao coração de Cristo ressuscitado. “São João, São João acende a fogueira no meu coração”.